Envergar sem quebrar

Não tudo ao mesmo tempo, mas tudo no seu tempo.

Sempre ouvi dizer que o bambu tem raízes fortes, profundas. E, mesmo assim (ou talvez por isso), ele se curva diante do vento.
Não luta contra. Não quebra. Ele aceita o movimento.
E quantas vezes a gente se parte tentando resistir a ventos que não temos como controlar?
A gente faz planos, traça metas, estabelece cronogramas. Quer tudo sob controle.
Mas a vida tem lá seus próprios caminhos, e nem sempre eles batem com os nossos rabiscos no papel.
Foi em meio ao caos e sofrimento que valorizei a flexibilidade.
Não como fraqueza. Mas como sabedoria.
A força que enverga é a mesma que sustenta.
Quantas vezes a gente poderia ter se poupado de dor, de culpa, de autopressão… se tivesse simplesmente deixado fluir?
Não estou dizendo pra abandonar os sonhos.
Mas pra lembrar que podemos e devemos adaptar o caminho.
Reavaliar o que traçamos. Alterar o que for preciso.
Transformar com calma. Agir com objetividade.
Não tudo ao mesmo tempo, mas tudo no seu tempo.
Porque no fim, o que sustenta não é a rigidez.
É a raiz profunda e a capacidade de dançar com o vento.

Tina.
Tentando dançar com o vento e o caos.

Anterior
Anterior

Felicidade é hábito disfarçado

Próximo
Próximo

Café com açúcar, por favor